Anti-póetico

Lembra da vez que eu te conheci? Que eu te chamava de sabe-tudo, por que de tudo tu sabias. Sabia de ti, dos outros e até de mim. Teve aquela vez, que tu, é, tu com esse jeito cabeça-dura de ser me chamou de apressada, disse que eu me entregava rápido demais, que eu não dava tempo ao tempo, que não deixava as coisas acontecerem, e por muito tempo eu te contrariava, até perceber que tu realmente era sabe-tudo e tinhas razão. Ah, como eu odiava não ter razão e tu sabes disso. E eu vi que eu era mesmo apressada, me auto-observei e me vi sendo a menina mais apressada que eu já conhecera. Eu sou apressada, eu não gosto de esperar, aliás, eu detesto esperar. Sou tão apressada que eu não deixo aqueles bombonzinhos de menta se desfazerem na minha boca, eu mordo logo e acabo com a graça. Creio eu, que no dia do meu casamento, não vou nem esperar o "Eu aceito", vou querer pular logo pra parte do beijo. É, eu sou apressada, e sei que a pressa é inimiga da perfeição, mas eu não quero ch

Começar a escrever um textinho todo mundo consegue fazer, mas passar pro papel o que você sente é completamente muito mais trabalhoso do que só escrever qualquer coisa, todo o escritor que se preze (ou até mesmo um aspirante a escritor) tem uma conexão íntima com a sua alma, para que o mesmo possa transbordar em palavras suas histórias e esperar que qual leitor que seja se identifique e regozije de tal arte. Cada história, cada texto, por mais que seja fictício tem um parágrafo, uma frase, um ponto ou uma vírgula do mais profundo interior do autor, assim como o leitor vive umas mil vidas antes de morrer, o escritor cria mil vidas antes de morrer. Eu sou apenas uma, mas em mim vive mais de mil de mim, mais de mil eus. E, eu sei que cada pessoa tem dentro de si mil eus, suas oscilações de humor e personalidade que aparecem vez ou outra são características dos mil eus que possuímos e mesmo assim continuamos únicos, não existe ninguém que se iguala a nós mesmos, ora bons, ora ruins, e vam